segunda-feira, 23 de junho de 2014

Inventário Participativo garante formação de acervo do Museu Virgínia Tamanini


A preservação do patrimônio cultural de Itapina, em Colatina, conta com a participação de estudantes do curso de História de uma faculdade do município, que realizam levantamentos e pesquisa geral de dados sobre o inventário do sítio histórico, onde será a sede do museu dedicado à escritora capixaba Virgínia Tamanini.

A iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Faculdade Castelo Branco, se chama "Inventário Participativo de Itapina" e os participantes se reúnem a cada 15 dias para realizar a pesquisa sobre a história do lugar.

Segundo a museóloga Paula Nunes, o Inventário Participativo de Itapina foi proposto para a formação de acervo do Museu Virgínia Tamanini, através da identificação de acervo e produção de material audiovisual sobre a história local. "Ter a Faculdade Castelo Branco como parceira neste processo nos permite a inserção de futuros profissionais no sítio histórico e o torna objeto de estudo nas mais diversas áreas, desenvolvendo seu potencial turístico", afirma.



Patrimônio histórico

O novo espaço cultural ocupará a antiga residência da artista que dará nome ao museu. Em seu segundo pavimento, deverá funcionar o espaço de memória dedicado a Virgínia Gasparini Tamanini e a exposição de longa duração sobre a história de Itapina. Já o primeiro pavimento terá uma função multiuso destinado a exposições temporárias e atividades artístico-culturais fazendo com que o novo museu funcione como importante instrumento de difusão artístico-cultural local e regional.

A criação do novo museu terá como tema a artista Virgínia Tamanini, pois fora reconhecida nacionalmente por sua obra na área da literatura, da música e da pintura. Itapina ganhará um espaço que retrata sua história como importante centro comercial de meados do século XX. O acervo será formado pelo material identificado durante o Inventário Participativo e por coleção do filho de Vírginia, Lourenço Fernando Tamanini. A série de objetos pessoais da escritora conta com edições especiais de livros, fotografias, pinturas e objetos de uso pessoal.

O secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo, Maurício José da Silva, explica que a criação do museu está em consonância com o Programa de Preservação e Revitalização do Patrimônio Cultural da Secult. "Essa ação, além de promover a preservação, a conservação e a revitalização do patrimônio histórico e cultural de nosso Estado, será o reconhecimento e uma justa homenagem à importância biográfica de Virgínia Tamanini", disse o secretário.

Sobre Virgínia Tamanini
  
Nascida em 04 de fevereiro de 1897, em Itapina, Virginia Tamanini foi uma mulher à frente do seu tempo. Sozinha, sem mestre e sem escolas, ela aprendeu a ler e a escrever. Antes dos vinte anos, publicou, sob pseudônimo de Walkirya, seu primeiro trabalho, romance folhetim "Amor sem Mácula", cujos capítulos, cada domingo, eram aguardados com ansiedade pelos leitores da época do jornal "O comércio" de Santa Leopoldina.

Virginia Tamanini produziu diversas peças teatrais levadas à cena com sucesso. Foi membro da Arcádia Espírito-Santense, tomando parte ativa na organização da Primeira Quinzena de Arte Capixaba, realizada em Vitória, em 1947. Nesse mesmo ano, adaptou, encenou e dirigiu, no Teatro Carlos Gomes, a peça francesa "Cristina da Suécia". Em 1948, montou e dirigiu outra peça francesa, "Atala, a última druidesa das Gálias".

Virgínia fez parte da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras, da Associação Espírito-Santense de Imprensa, e foi sócia correspondente da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul. Recebeu o título de cidadã honorária de várias cidades capixabas e foi agraciada com a Ordem do Mérito Marechal José Pessoa, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal no grau de comendador.

Fonte: www.secult.es.gov.br

Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secult
Paula Norbim/Erika Piskac /Márcia Almeida

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